quinta-feira, 29 de julho de 2010

A TODOS...

A todos trato muito bem
sou cordial, educado, quase sensato,
mas nada me dá mais prazer
do que ser persona non grata
expulso do paraiso
um homem sem juízo, que não se comove
com nada
cruel e refinado
que não merece ir pro céu, um vilão de novela
mas belo, e até mesmo culto
estranho, com tantos amigos
e amado, bem vestido e respeitado
aqui entre nós
melhor que ser bomzinho é não poder ser imitada.
Leandro Milú

A IMPONTUALIDADE DO AMOR

A IMPONTUALIDADE DO AMOR

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.

Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?

Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.

O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.

O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.

A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.

Modo de usar-se

Modo de usar-se

"Coitada, foi usada por aquele cafajeste". Ouvi essa frase na beira da praia, num papo que rolava no guarda-sol ao lado. Pelo visto a coitada em questão financiou algum malandro, ou serviu de degrau para um alpinista social, sei lá, só sei que ela havia sido usada no pior sentido, deu pra perceber pelo tom do comentário. Mas não fiquei com pena da coitada, seja ela quem for.

Não costumo ir atrás desta história de "foi usada". No que se refere a adultos, todo mundo sabe mais ou menos onde está se metendo, ninguém é totalmente inocente. Se nos usam, algum consentimento a gente deu, mesmo sem ter assinado procuração. E se estamos assim tão desfrutáveis para o uso alheio, seguramente é porque estamos nos usando pouco.

Se for este o caso, seguem sugestões para usar a si mesmo: comer, beber, dormir e transar, nossas quatro necessidades básicas, sempre com segurança, mas também sem esquecer que estamos aqui para nos divertir. Usar-se nada mais é do que reconhecer a si próprio como uma fonte de prazer.

Dançar sem medo de pagar mico, dizer o que pensa mesmo que isso contrarie as verdades estabelecidas, rir sem inibição – dane-se se aparecer a gengiva. Mas cuide da sua gengiva, cuide dos dentes, não se negligencie. Use seu médico, seu dentista, sua saúde.

Use-se para progredir na vida. Alguma coisa você já deve ter aprendido até aqui. Encoste-se na sua própria experiência e intuição, honre sua história de vida, seu currículo, e se ele não for tão atraente, incremente-o. Use sua voz: marque entrevistas.
Use sua simpatia: convença os outros. Use seus neurônios: pra todo o resto.

E este coração acomodado aí no peito? Use-o, ora bolas. Não fique protegendo-se de frustrações só porque seu grande amor da adolescência não deu certo. Ou porque seu casamento até-que-a-morte-os-separe durou "apenas" 13 anos. Não enviuve de si mesmo, ninguém morreu.

Use-se para conseguir uma passagem para a Patagônia, use-se para fazer amigos, use-se para evoluir. Use seus olhos para ler, chorar, reter cenas vistas e vividas – a memória e a emoção vêm muito do olho. Use os ouvidos para escutar boa música, estímulos e o silêncio mais completo. Use as pernas para pedalar, escalar, levantar da cama, ir aonde quiser. Seus dedos para pedir carona, escrever poemas, apontar distâncias. Sua boca pra sorrir, sua barriga para gerar filhos, seus seios para amamentar, seus braços para trabalhar, sua alma para preencher-se, seu cérebro para não morrer em vida.

Use-se. Se você não fizer, algum engraçadinho o fará. E você virará assunto de beira de praia.

domingo, 8 de junho de 2008

Todos queres casar



Existe um lugar, único no mundo, onde podemos obter a satisfação imediata de todas as nossas necessidades: o útero da mãe. Desconhecemos a fome, a sede, a falta de aconchego. Mas nascemos. Precisamos respirar com nossos próprios pulmões, reclamar da fralda molhada, nos desesperarmos com as cólicas. Somos tomados por um profundo sentimento de falta.
Uma angustiante sensação de desamparo nos invade. Sem retorno ao estágio anterior, isso nos acompanhará por toda a vida.
Quando nascemos, somos introduzidos num mundo com padrões de comportamento claramente estabelecidos. Inicia-se o processo de socialização. Os desejos espontâneos são gradualmente substituídos pelos que aprendemos a desejar. Nos comportamos e agimos de acordo com a expectativa social.
A partir daí todos se tornam parecidos. As singularidades não mais existem. O condicionamento cultural impõe como única forma de atenuar o desamparo uma relação fixa e estável: O CASAMENTO Assim, todos desejam se casar. Ninguém questiona se é mesmo a única forma de realização afectiva. O casal constrói uma tela de protecção contra o mundo e tenta reaver o paraíso simbiótico que tinha no útero da mãe. Ilusão que dura pouco, incapaz de se sustentar na realidade do quotidiano.

Leandro Milú

Curiosidade sobre o beijo



O contato com cada parte do corpo humano pode ter um significado especial. O ato de tocar os lábios em alguém ou em outra coisa dá-se o nome de beijo. Observando de uma maneira fria, esquecemos-nos que o beijo pode representar um simples cumprimento ou expressar uma ardente paixão, uma forma de agradecimento ou simbolizar uma conquista; como um sinal de recompensa para o mocinho, que lutou contra o vilão para chegar vivo ao final do filme e beijar a mocinha. Assim, também faz o atleta que beija medalha da conquista.
Em todos estes casos, o beijo serve como termómetro para medir o grau de afecto entre duas pessoas. Isso pode ser verificado em casais que, depois de muito anos de relacionamento, perdem o interesse um pelo outro e acabam deixando o beijo de lado. Se pensarmos que pessoas que não se conhecem e as prostitutas não se deixam beijar, podemos dizer que a intimidade entre as pessoas também pode ser medida pelo beijo.Verdade é que o beijo, além de termómetro, pode ser considerado um exercício de alto esforço, que chega a queimar 12 calorias por minuto, movimenta, só na face, 29 músculos e pode dobrar o batimento do cardíaco, mexendo com os cinco sentidos: paladar, audição, visão, tacto e olfacto. Para completar a excitação de tantos sentidos, a região da boca só perde em sensibilidade para a glande e o clitóris.

Leandro Milú


Algumas atitudes no dia-a-dia podem transformar a sua vida sexual em uma nova lua-de-mel. Os astros também dão uma força.Toda virada de ano traz esperanças de tempos melhores. Há quem prometa começar aquela dieta de uma vez por todas, quem se proponha a abandonar o vício de fumar e quem jure de pé juntos que finalmente dará início à vida saudavel. Mas quase ninguém se lembra de uma resolução que pode melhorar muito a vida: investir na qualidade da relação sexual. Quando ela é prazerosa todos os dias do ano, viver torna-se muito mais gratificante.
Descubra novas zonas erógenas:O melhor método para detectar pontos sensíveis é massajar ou tocar com carinho várias partes do corpo. Gastem tempo explorando um ao outro.
Beije seu homem como se fosse a primeira vez:Beijar é um dos melhores passatempos que existem. Não deixe que a relação duradoura extermine esse prazer. Beijos ardentes, acompanhados de carícias, são óptimos convites.Tenha mais iniciativa:Se está excitada e não pára de pensar "naquilo", provoque-o e domine a situação.
Mostre a tigresa que existe dentro de si.Tomem banho juntos:Convide-o para uma chuveirada ou um banho na banheira e leve junto taças e vinho. Peça para ele ensaboar seu corpo e faça o mesmo nele demorada mente.Invista em posições:Os especialistas afirmam que os casais usam apenas duas ou três posições durante queca .
É muito pouco, diante das centenas relatadas nos livros. Saia da cama e experimente sobre a pia da cozinha ou sobre a mesa ou no local que lhe vai na cabeça.Brinque de espiá:Que tal alguns espelhos espalhados estrategicamente? Eles irão incrementar sua vida sexual, deixando visível o que normalmente só conseguem imaginar.Adeus a velhos hábitos:Saiam juntos depois do trabalho. Namorem e entreguem-se a uma noite de prazer. Tudo de uma maneira diferente, mais sensual...Um ninho de amor:Faça do seu quarto um ambiente propício para o sexo. Lembre-se de que esse cómodo não é local de trabalho. Espalhe velas aromáticas.
Um espelho grande também é uma boa pedida para que vocês observem seus corpos nus na hora do sexo.

Leandro Milú

NÃO TE ENTREGUES ENTREGA-TE



Ola passei uns dias sem posta porque meu pc estava com problemas mais, hoje vou falar de uma coisa que já ando para falar há uns dias e que me deixa muito confuso e apreensivo. Facto esse que é o de darmos muitas coisa para não darmos nada de nós.
Eu passo a explicar. Hoje em dia as pessoas passam a vida a trabalhar para comprar grandes coisas para si e para os seu entes querido sejam eles quem forem. Dão imensas coisas aos seus filhos, aos seus mais que tudo e por aí adiante mas no entanto não se dão. Não tem tempo para estar com o marido/esposa, com o namorado/a com os filhos com ninguém. NÃO SE DÃO. DÃO COISAS MAS NÃO SE DÃO.


Penso eu que isto está cada vez mais presente do que nunca porque nunca se soube tanto de sexo como hoje em dia e no entanto nunca as pessoas se sentiram tão frustradas como nos dias de hoje. Tem mais sexo do que nunca mas são muito mais frustradas, muito mais infelizes. Sabem como obter prazer, ou pelo menos, deveriam saber mas parece que não o têm que não desfrutam dos seus corpos das suas almas dos seus/suas parceiros/as. E isto para mim significa que algo está mal.Nunca se deram tantos divórcios como agora. Bem sei que agora as pessoas são mais livres mais sobrecarregadas de stress mas a verdade é que também são muito mais egoístas. Pensam muito mais em si próprias e esquecem muitas vezes dos outros.

Leandro Milú